10 informações que você precisa saber sobre o colesterol

Embora muitas pessoas achem o colesterol uma substância maléfica, ele é primordial para o funcionamento do corpo humano. Para isso, no entanto, seus níveis devem estar sempre controlados.


1. Colesterol é necessário ao organismo – O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento destas células. É importante para a formação de hormônios, de vitamina D e até ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras da alimentação.

2. O excesso de colesterol ruim é que causa infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) –   O colesterol  no sangue  circula ligado a lipoproteínas chamadas de colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). O excesso de LDL é que está associado às doenças cardíacas. O excesso de colesterol bom (HDL), por outro lado, até protege das doenças cardíacas. Por isso, quando medimos o colesterol total no sangue, precisamos sempre saber o quanto se deve ao colesterol bom e o quanto se deve ao ruim. Só o ruim precisa ser tratado. 

3. O excesso de colesterol pode ocorrer devido à fatores genéticos e alimentares –  Cerca de 70% do colesterol no sangue vem do fígado e apenas 30% vêm da alimentação. Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile. Os níveis de colesterol no sangue dependem, portanto, principalmente da capacidade do fígado em removê-lo. Isso varia de pessoa para pessoa.

4. Pessoas magras podem ter colesterol alto – É importante saber que ter excesso de peso não significa ter colesterol alto. Pessoas magras também têm colesterol alto. Isso porque os níveis de colesterol no sangue dependem muito mais da taxa de remoção do colesterol pelo fígado, que é genética. Se você tem um parente de primeiro grau (por exemplo: pai, mãe, irmãos) com colesterol alto, sua chance de ter colesterol alto é maior.

5. O colesterol ruim forma as placas de ateroma – O excesso de LDL (colesterol ruim) causa doenças vasculares porque se deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada ateroma. Estes ateromas vão obstruindo gradualmente as artérias e podem acabar causando Infarto agudo do miocárdio e AVC.

6. É muito importante controlar os outros fatores de risco  –  Leva muitos anos para uma placa de ateroma se desenvolver e, com isso, provocar infarto ou AVC. Quanto mais avançada a idade, maior o risco. É muito importante então, manter também os outros fatores de risco tradicionais bem controlados. Além dos níveis de LDL, é preciso controlar a glicose, a pressão, parar de fumar e reduzir o peso, quando excessivo.

7. É importante o estilo de vida saudável – O estilo de vida é muito importante na redução do risco de infarto e AVC. Evitar o  sedentarismo, evitar comer alimentos com gordura saturada e evitar fumar são medidas importantes a serem seguidas. Os alimentos que mais aumentam o colesterol são: a gema dos ovos, o bacon, a pele da carne das aves, a manteiga, o creme de leite, a nata, as frituras, as salsichas, e embutidos e a carnes.

8. Todas as pessoas acima de 10 anos de idade devem dosar o colesterol – Todos os adultos e crianças acima de 10 anos devem dosar o colesterol e suas frações pelo menos uma vez. Se elevados, deve-se consultar um endocrinologista para definir o risco cardiovascular individual e planejar um tratamento adequado.

9. O tratamento deve ser preventivo para toda a vida – O objetivo é reduzir o risco cardiovascular. Não adianta tratar por um período e depois abandonar o tratamento, pensando em cura. Na verdade não se busca uma cura e sim um controle que pode ser feito por medidas de estilo de vida e/ou medicamentos.

10. O tratamento adequado reduz mortalidade – As estatinas são as medicações mais importantes no controle do colesterol. O tratamento adequado reduz a mortalidade. A cada 40mg/dL de colesterol LDL reduzido, a mortalidade por infarto se reduz em 20%. Portanto, quanto mais alto o colesterol, mais importante é o tratamento.

Fonte: SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia